Este livro é o resultado da conferência “Bordado: arte ou prática cultural”, que faz parte do projeto Verviver Ipatinga, do IV Prêmio de Artes Visuais da Usiminas e do projeto Artesanato Contemporâneo, financiado pela Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Ipatinga. Nesses projetos, eu venho procurando descobrir e discutir arte, artesanato e design, cidade e cultura. 

Para a conferência, em específico, eu trouxe perguntas e/ou afirmações: o bordado é arte(?). Ele provoca, instiga e estimula nossos sentidos(?). Ele nos descondiciona e amplia nossas possibilidades de viver e de se organizar no mundo(?). Ele é prática cultural(?).

Atualmente, eu uso o bordado como forma de expressão pessoal e como motivo para entender o mundo ao meu redor e seus sujeitos. Acredito que é a técnica do silêncio, do tempo lento, do gênero. Mas hoje a fala não será minha, e sim de Augustin de Tugny, Rodrigo Mogiz, Bruna Roque e Esdras Aurélio. Eles foram convidados por motivos especiais:

Augustin tem formação de Arquiteto de Interiores na França e é radicado desde 1998 no Brasil. Sua fala será sobre os Mitos da Linha.

Rodrigo é artista plástico, desenvolve trabalho com bordado desde sua formação na Belas-Artes da UFMG e apresentará suas obras e as diversas narrativas que acontecem em seus bordados.

Bruna, estudante de Arquitetura do Centro Universitário do Leste de Minas Gerais, acredita que o design, a arte e o artesanato são formas de avaliação da capacidade criativa de um povo e ferramenta para a identidade de um país. Ela apresentará o resultado da pesquisa de iniciação científica intitulada Neoartesanato Urbano.

E Esdras, também estudante de Arquitetura, acredita que o bordado pode ir além de linhas e panos, e mostrará seu trabalho e as diversas plataformas nas quais ele se insere.

Queria agradecer o fato de os quatro terem aceitado participar e desejar a todos os interessados uma boa leitura.